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domingo, 30 de dezembro de 2007

Tempo e Depressão

O relógio acusa alguns minutos a menos em sua vida, a idade chega e o que se tem para realizar se torna o ponto crucial de crítica para quem vive a seu lado. Mera proteção psicológica para contornar, momentaneamente, a certeza da morte...
O paradigma do tempo perdido, ou pior dizendo: tempo é dinheiro; é o fator de domínio do capital que quer se estabelecer a qualquer custo- nada menos do que algumas vidas ceifadas devido ao desespero de acompanhar esse inimigo invisível: o famigerado tempo-.
Olhe ao redor e verá quantos de nós estão moldados dentro do conceito tempo. Pessoas matam e se matam, ou ao menos ficam no limiar do terrível tanatos sob o cadafalso da doença do século: a depressão. Ninguém imagina que o vazio do ser é diretamente proporcional a locupletação do prazer, que a depressão é o encolhimento da alma dentro do invólucro do corpo. O corpo é a medida do tempo, a alma imensurável.
Quanto maior a sensação de tempo perdido na ação por realizar, maior o risco de ser fisgado pela depressão. A solução é descartar o tempo, aportar no presente, viver o que se vê, sentir o momento, anular expectativas e aproveitar do passado apenas o que for útil como ferramentas para o presente. O amanhã será agora, e o agora já foi, o que importa é o subjetivo lapso do momento. Não deixe que pessoas tentem conduzir as suas ações questionando porque você ainda não realizou aquela ação que, na mente dos alienados, deveria ter sido executado dentro dos parâmetros do tempo do capital.

Feliz Momento Novo...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Signo e Poder

Os símbolos, signos, ícones e imagens insistem em permanecer ao longo do tempo, mesmo que o idealizador se desvaneça do campo físico. Abstrações da realidade, isto é o que são. Espelho do real, imagem dos domínios (remetendo-me ao campo matemático do cartesianismo).
O que se percebe através dos sentidos básicos humanos são apenas códigos da realidade, filtrados por uma visão provinciana, lateral e deficiente do organismo animal racional. Códigos que, por interesses particulares e até escusos, são utilizados por quem, detentores do poder instituído, orquestram os mais variados concertos no sentido de inebriar os incautos, conduzindo-os ao labirinto da inquestionalidade, deixando-os sob um total domínio psicológico. Os poderes instituídos a que me refiro são de natureza religiosa, política, cultural, científica e econômica. Os incautos são a maioria da humanidade, indivíduos que, devido a inerente instintiva natureza cooperativa humana e aspectos negativos de caráter (preguiça, orgulho, vaidade, etc.), são facilmente acessados pelo melífero aparato de natureza ideológica, mística e mitológica utilizados pelos chefes das instituições de poder aludidos. Na verdade os aspectos negativos de caráter a que me referi mascaram apenas o poder latente e inconsciente do medo que, arraigado nos arquétipos mentais, subjugam o ser a um lugar comum ou, na outra ponta, fornecem subsídios aos poderosos.
Urge questionar o real significado por detrás dos símbolos e os meandros de quem os utilizam como forma de poder. O ser deve estar livre ao menos para pensar...